domingo, 25 de novembro de 2007

Epopéia das Estrelas

Olha para o céu como se olhasse para um cenário abstrato querendo passar alguma idéia de clima/ambiente. Você é capaz de fazer isso?

A noite cai, o céu escurece, ou na verdade, evidencia o brilho das estrelas. Poucas pessoas dão importância. - "estão todas as noites ali", diriam. Mal sabem que o mais fascinante não é o brilho da estrela em si - que ilumina muito menos que as lâmpadas da rua, mas precisamente o fato de estarem todas as noites ali.

As mesmas que fizeram companhia aos maiores homens da história da humanidade, presenciaram os maiores feitos, os mais inquebráveis amores, as mais leais amizades e as piores guerras, são as mesmas que nos acompanham todas as noites. As mesmas estrelas que você olhou, eu também olhei e não importa a distância são elas serão sempre o elo que assiste o caminho que nos conduz com a sobriedade de ter assistido vidas e amores infinitas vezes, mas brilhando sempre como se fosse a primeira vez...

Quando você se sentir só, olhe à noite, procurando pelo brilho avermelhado (ou alaranjado) de Marte - atualmente na const. de gêmeos, ele nunca o deixará que se sinta só. Aceite o deus da guerra, sinta sua energia. Sinta a força, sinta-se imbatível. Deixe a noite correr com o impeto inquebrável de esperança e vibração.

Mais tarde, perceba o brilho sólido e misterioso de Saturno. Você sabia que os anéis podem ter 40 metros es espessura? Bem, é como se a noite atingisse um ponto de maior calma, como se ela ficasse madura. As brigas entre amigos se tornaram apenas marcas conjunturais de um passado vivido junto. As brigas fazem parte, como você iria mais instintivamente precisar conhecer alguém? Como você mais impulsivamente faria vir à tona as maiores chagas - mas que agora cicatrizam. É passado.

Então, a noite passa, os primeiros raios de sol surgem, mas não acabou ainda. O melhor está por vir. Em meio a esses ainda tímidos raios solares surge uma estrela ainda mais brilhante do que todas as outras. Vênus. Apenas admire. Não deixe que Saturno tenha lhe retirado as emoções, mas guarde-as para Vênus, a expressão "sinta o momento" não é tão apropriada para nenhum momento mais do que esse. Espero que você não tenha bebido demais, afinal, a noite se acaba e mais uma manhã apresenta um novo dia.

sábado, 24 de novembro de 2007

Amor

"Todos vêem aquilo que pareces, poucos sentem o que és."
(Maquiavel)

Acredito no amor porque mesmo que ele não existisse, ele precisaria ser criado e passaria a existir. Precisaria existir para haver algo diferente das relações superficiais e hipócritas entre as pessoas.

Como diz Maquiavel, poucos são capazes de sentir o que você realmente é. Assim como diz Shakespeare que os melhores homens são os de poucas palavras. Engana-se aquele que acha que é na quantidade de contatos que encontrará preenchimento para o vazio da existência humana.

Não é que o amor não exista. Ele precisa, acredito eu, ser cultivado diariamente. Ele é como uma semente que se planta e precisa ser regada e cuidada constantemente para algum dia surgir como uma flor. Mas que, mesmo neste estágio, não pode ser maltratado ou negligenciado, assim como alguma flor.

É possível também viver sem amor, desde que se viva com esperança e auto-confiança, a expressão máxima de um outro tipo de amor, o amor próprio, porque representa que se confia, se respeita e acredita em si próprio. Mas mesmo assim, a vida com amor de outra pessoa é bem melhor! Por esse motivo, pessoas que não encontram amor verdadeiro, preferem se iludir com falsos amores, com relacionamentos hipócritas e sem confiança, não serei eu assim.

Tudo bem, o que eu disse neste post não é nada demais. Mas é o que eu acredito. Alguém com vênus e marte em peixes não poderia de fato, não crer no amor. Mas não acho que qualquer pessoa esteja preparada para amar e nem que o amor não exija sacrifícios. É preciso saber ceder!

É preciso confiar, a confiança mútua é a coisa mais especial em um relacionamento. A não-dependência também, porque mostra que os dois não estão juntos porque dependem um do outro, mas tão somente porque querem e porque sentem que devem - porque sentem amor.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Momento e sentimento

O que faz um momento especial?

E por que as pessoas ficam felizes ou tristes?

A felicidade não existiria sem a tristeza. Por serem sentimentos abstratos, não sentiríamos um se ele não contrastasse com o outro. Não é difícil entender isso... Mesmo assim, como é possível ser tão dependente destas sensações tão passageiras? Instinto, maldito e inevitável instinto que nos ofusca a razão!

Não existem motivos racionais para estar triste ou feliz! Se a razão controlasse os sentimentos, seríamos felizes o tempo todo e, assim, a felicidade não existiria, porque ela não representaria uma sensação extraordinária, mas a própria normalidade. Você iria querer sentir o medo, a fúria, a agonia, o orgulho ferido e a tristeza para saber o que de fato representa a satisfação e o valor da felicidade.

Assim, por estes sentimentos serem controlados pelo instinto é que eles são tão instáveis, não enxergam de longe. Pintam todo um quadro de maravilhas que pode ser quebrado por uma palavra ou um quadro de desolação sem fim que pode ser quebrado por uma conquista - ou pelo prazer.

E então, porque a felicidade e a tristeza momentânea? Não fique triste - ou melhor, fique, mas não se chateie em ficar, o quanto mais você ficar, mais a felicidade do momento seguinte - quando algo bom acontecer, será contrastante...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Arte de Ensinar

Seria o ato de ensinar uma arte? Eu acredito que sim. Tanto quanto a literatura ou a pintura, ensinar é uma arte, uma forma de passar uma mensagem que depende sobretudo da criatividade humana e do uso de símbolos, da disposição do professor e sua capacidade de gerar disposição nos alunos.

A educação pode ser uma ciência que estuda aspectos sociais e os processos e contextos educacionais. Mas o ensino, o ato de ir até a classe e dar uma aula, isto é uma arte.

Assim como em qualquer arte existem diversas escolas artísticas, no ensino existem vários tipos de professores. Ainda não sei me enquadrar em alguma categoria, mas nestes dois anos letivos mantive em minha postura um reflexo da mentalidade aberta e progressista que procuro ter. É preciso ter criatividade sempre e inovar, não ter medo de ousar novas técnicas e por outro lado, não ter preconceito com métodos por mais antiquados que possam parecer.

O importante é fazer aquilo que as maiores obras de arte fizeram em seu tempo, sejam as peças de teatro ou os quadros mais bem elaborados: conseguir proporcionar idéias, levantar polêmicas, cutucar a curiosidade.

A preparação de uma aula é como levantar as bases, os traços iniciais de um quadro. Analisar o que o aluno deverá desenvolver em cada pedaço da aula e pensar que tipo de explicação, quais exemplos vão surtir melhor efeito. Aplicar a aula é como colorir o quadro. Não tem volta, o que você conseguir fazer naqueles 50 ou 100 minutos terá sido o resultado.

Adoro minha profissão porque eu a escolhi. Um dos momentos que mais gosto desta proifissão é corrigir as provas. A cada prova corrigida, você lembra da cara do aluno olhando para você na aula ou o que ele dizia, ou como se comportava. Então, em cada questão você percebe o quanto ele realmente aprendeu e cada questão correta e escrita de maneira inteligente é uma vitória.

Admito que uma das coisas que mais consegue me deixar chateado, ou pelo menos intimado a me esforçar mais é quando algum aluno o qual eu sei que tinha condições de ir muito bem, não vai. Não consegue responder. E em grande parte, sempre, é porque não consegui evitar que os alunos mais prejudiciais da sala fossem neutralizados.

Acima de todas as coisas, acredito que, melhor que as obras de qualquer arte, deva ser a postura do artista. Neste caso, como professor, é preciso ser o exemplo. Antes de tudo, gostar de sua profissão, mostrar que isso é possível, que é perfeitamente possível que os alunos escolham suas profissões e gostem delas também.

Estar sempre disposto também é preciso, para cobrar disposição de todos. Ser paciente para ouvi-los e assim, abrir espaço para os mais críticos (afinal, eu sempre fui!) para que desenvolvam sua criticidade e despertem isso nos outros, dar um voto de confiança para cada um dos alunos, para não enterrar um talento antes mesmo de deixar que ele se manifeste, talvez de surpresa. Dosar todas estas virtudes para que não se tornem abusivas é o acabamento da arte.

Enfim, é preciso entender que o artista se torna uno com a arte. Com isso, é preciso conversar, se deixar acessar, não apenas ver o aluno como alguém com quem você fala sobre a matéria, mas ouvir suas opiniões e não ter medo de falar as suas opiniões também, trata-lo como pessoa e deixar perceber que você se esforça, que você também erra e que sua força não está em nunca falhar, mas em sempre lutar e sempre ter esperança no sucesso.

Peixes no Aquário pt. 2

E se algum dia você se encontrasse, tal como um peixe em um aquário, sozinho em meio a um universo só seu. Tão seu que só você o habitasse.

Livre para caminhar, para comer os frutos das árvores e para agir como quiser. Quem poderia julgar se seus caminhos levam à maldade? E quem poderia julgar se sua atitude é bondosa? Não há ninguém mais para fazer isto. Só você. Não haveria qualquer um que seja para interagir, para prejudicar ou para ajudar.

Então digamos que alguém de fora do aquário pudesse explicar por alguns minutos que existe o bem e o mal e explicar que o bem é tudo aquilo que você pode fazer para ajudar os outros e que o mal, é tudo aquilo que você faz para prejudicar.

Você poderia inventar que arrancar frutos das árvores é bondade porque assim, tornaria as árvores mais leves, sem que precisassem carregar pesados frutos que jamais iriam comer mesmo. E maldade seria o seu oposto, e seguindo assim, de maneira aleatória, se baseando em valores inventados, que no fundo, para o observador do aquário, nada significam, já que você não tem com quem se comunicar para falar sobre isso. Na real, estes conceitos seriam efêmeros, pois seriam baseados em especulações embasadas em nada.

Então, vamos pela primeira vez sair do aquário e mirar o seu observador. Este, provavelmente acharia engraçado os conceitos morais do solitário se pudesse conhece-los. Mas em seu próprio mundo, ele também vive com conceitos criados por alguém, seguidos pelos demais e transformados em verdade. Porque a verdade justifica, legitima e dá ao seu portador as possibilidades de agir, de agir em nome da verdade.

A possibilidade de agir é o poder de ação, logo, simplesmente, o poder, que se constrói através de uma interpretação das regras do mundo (a bondade, a maldade, a razão da existência, etc), as quais poderíamos dar o nome de moral.

Então, voltando para o aquário, encontramos o morador percebendo que suas ações não mudaram em nada as árvores e que estas são totalmente indiferentes ao que ele faz. Se decepciona e acaba deixando os conceitos morais para o esquecimento. Volta a ser livre, a agir de acordo com o que considera que deve fazer para levar sua vida e não com conceitos que ele especulou sobre as plantas.

A moral por si só, é tão sem explicação para o habitante do aquário porque na verdade, ela só se justifica em sociedade, porque baseada em relações de poder e influência que uma pessoa pode adquirir sobre as demais, emanado não só através de relações pessoais, mas como da família, da escola, da igreja, da mídia e do governo que incidem e formam ideologicamente o indivíduo, tomando como maldosos e perversos todos aqueles que escapam aos seus mecanismos de encucação moral.

Piedade

Nenhum sentimento humano é mais mórbido que a piedade, a pena. Como uma consideração minha por qualquer outra pessoa, me recuso a ter pena, nem mesmo de quem já sente pena de si mesmo.

A esperança não é a última que morre? O que é a esperança? Enquanto há chance de vencer, de reerguer-se, sempre há esperança. Se ela existir, então, não há qualquer necessidade de pena, nada está perdido.

Sentir piedade de alguém é admitir que sua esperança se foi! E se sua esperança que foi, então é natural que seja eliminado. É merecido que desapareça, honradamente pela extinção de todas as suas chances.

Não estou exemplificando então entenda meu raciocínio em qualquer contexto.

Ter compaixão é admitir que o outro é incapaz, que necessita do externo a si para conseguir se salvar daquela unica vez. A crençã então em um salvador, em um redentor, em um Deus cristão é isto. A compaixão nascida de uma pena (a piedade dos cordeiros, do padre, do bispo) no convencimento de que não há qualquer esperança de luta - de que só com a ajuda de Jesus é possível se salvar.

O que acontece então? A perda da liberdade. Aquele que precisou um dia ser salvo por um redentor quando acreditou que já não tinha mais esperanças, torna-se prisioneiro de seu salvador, já não pode seguir sem ele. Já não quer voltar para a situação em que quase foi liquidado e torna-se um cordeiro, uma marionete do cristianismo.

Eis o porque não tenho pena de ninguém. E por isso ninguém deve ter este sentimento por mim. Não estou aqui até agora? É porque sempre mantive as esperanças, sempre tive minhas metas e sempre superei o que veio pela frente.

Lutem! Não entreguem sua liberdade a um salvador usurpador!

domingo, 11 de novembro de 2007

Deserto de emoções pt. 2

Não, isto não está certo!

Ouça Shakespeare. Guarde suas palavras - suas idéias - para poucos. Ceda seu ouvido a todos.

Não se preocupe em se fazer entender. Preocupe-se em entender. Não se preocupe em mostrar seu jogo a quem não fará bom proveito do que vê. Procure vencer o jogo. Vencer é uma compulsão, não é? Pois é. Vença, utilize as regras a seu favor.

Solidão? Idiotice! A maioria destas pessoas não conseguiria oferecer uma companhia melhor do que seus próprios pensamentos e sentimentos. Mas a minoria, estes, aparecem.

---------------------

Sim. Aparecem, o problema é que estas pessoas se perdem.
...
...
Eu poderia ficar o dia inteiro lembrando e sendo nostalgico, mas é preciso olhar pra frente e ver o que aparecerá. A guerra da vida ainda não acabou. Erros e derrotas não são o fim, enquanto não se morre.

Deserto de emoções

Não poderia eu reclamar de estar bastante solitário. Não dá pra levar as pessoas a sério. E também não me encontro nelas, sou culturalmente diferente de todos. Gosto do meu trabalho, de falar sobre ele, não vejo graça nenhuma nas pessoas que dizem que ganham uma fortuna sem precisar fazer nada e nem consigo me entrosar em grupos onde só se conversa besteira.

A filosofia não tem lugar em nosso tempo, talvez. Apenas as filosofias chavão, pós-modernas e que sempre são voltadas para lógicas simplistas tiradas de letras de música, dizendo coisas como: "o que importa é ser feliz", "cada um na sua", etc. Ambiente sufocante, palavreado detestável.

O que fazer? O que meus livros me dizem para fazer? Será que Machiavelli e Nietzsche só convivam com pessoas interessantes? Não é possível. Ou será que, a época deles, a época que eles tanto reclamavam, teria sido mais interessante?

Seja como for, também não sou eu interessante para ninguém. Minhas aulas talvez, mas eu, EU, acho que não. Nada a dizer a ninguém, as pessoas não entendem minhas idéias, me interrompem e me expressam distorcidamente, e, de fato, estou de saco cheio das idéias das pessoas para respeita-las também. Por isso prefiro escrever ou dar aula.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Ruslan - parte I

Ruslan era uma cidade com aspecto de vila. Na verdade, com traços de comuna renascentista. Suas cerca de seis centenas de moradores vivam do comércio de alimentos e de uma rudimentar industria textil baseada na matéria prima dos campos ao redor. Viviam lá quatro jovens. Anne, Marc, Berg e Viga. Noite estrelada de setembro, sexta-feira.

Viga:
- Você realmente pensa em escolher isto para sua vida? Por que?

Berg:
- Porque sim. É tão ruim esta condição?

Viga:
- Após viver uma juventude de perspectivas tão boas, escolher este caminho me parece, sinceramente algo subestimável.

Berg:
- Não vejo desta forma. Assim escolho. - E assim, Berg tornava-se um soldado.

Três meses depois, estourava a guerra no país. O regimento de Ruslan contava com Berg como soldado, junto com mais outros duzentos e cinquenta. Apenas trinta sobreviveram após intensas e desiguais batalhas. Rumaram de volta à Ruslan, no intento de protege-la.

Incrivelmente, Berg agora era o líder dos soldados, dos remanescentes. Chegando em Ruslan, uma reunião foi marcada para o celeiro da casa dos tios de Berg, uma grande construção onde cabiam os cerca de cento e cinquenta adultos que restavam.

Marc era astuto e sabia falar bem. Defendeu que vivessem em paz:
- Vamos nos manter em paz. Mandaremos emissários para as tropas inimigas dizendo que nos retiramos da guerra porque não nos reconhecemos nos ideais do país pelo qual lutamos até agora. A guerra apenas nos trouxe a morte de centenas dos nosso e queremos nos retirar delas.

Viga concordou. As idéias da garota contra o militarismo eram perfeitamente compatíveis com o que disse Marc. Vivam em um país expansionista e não estavam satisfeitos. A independência e a paz eram a solução. Berg ficou acuado, defendia que deveriam resistir até o último morador.

Enviaram os emissários e cada morador foi para sua casa.

Caiu a noite na cidade e quando chegou a madrugada, chegavam os emissários. Procuraram pelo comandante Berg:

- Senhor, riram de nossas propostas. Tanto tropas inimigas como as de nosso próprio país resolveram que nossa posição é absurda e que estão vindo pra cá. E agora?

Berg:
- Devemos tentar resistir. Para evitar o pânico, faremos uma reunião agora com os soldados e prepararemos a resistência dando instruções básicas aos moradores. Chame Marc e Viga também.

Marc e Viga se recusaram! Princípios devem ser seguidos até a morte. Não queriam a guerra e que morressem como exemplo!

Enquanto a reunião se extendia, o povo dormia. Mas Anne despertou. Algo estava errado, pensava ela. Decidiu que deveria deixar a cidade imediatamente. A cidade desmobilizada, seria alvo fácil para qualquer regimento militar. Anne era uma das poucas pessoas na cidade que sabiam ler e talvez a unica que não se considerasse cristã. Não havia quem deixar para traz na cidade, mas seus livros fariam falta. Infelizmente não podia leva-los, mas levava-os em sua mente e em seu coração.

Anne partiu em silencio, saiu de sua casa e atravessou quarteirões tentando não ser vista pelos poucos soldados que tentavam montar guarda. Enfim saiu, refugiou-se em uma caverna não muito longe e se alimentou das frutas que colheu pelo caminho.

A reunião acabara. Era tarde, quase que imediatamente a cidade foi invadida e incendiada. Os aldeões tomaram a decisão errada e pagaram com a vida. Os soldados foram vacilantes demais e nada puderam fazer.

Berg:
- Oh.. Morro uma vez em razão dos ferimentos, mas morro inumeras outras vezes pela ferida que trouxe ao meu coração com seu ato de traição. Por que? POR QUE? Por..ahh.. - morre.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Lutar é viver

O caminho pela frente é longo e a estrada é cheia de obstáculos. Mantenha-se na linha, aprenda a ser a melhor companhia possível, fonte inesgotável de resistência.

Não pergunte - lamentando - os motivos, entenda as causas e utilize-as como arma. O conhecimento é uma arma, a unica contra a brutalidade da ignorância e do ressentimento.

Não seja egoista, mas de forma alguma seja piedoso. Seja justo, compartilhe sua inteligência e o que tiver por respeito, mas não por pena. A difusão do conhecimento é dialética, não se dissipa ao se espalhar, apenas se intensifica, como o movimento molecular ao aquecimento térmico.

Apenas não deixe a ignorância foder tudo. Não a deixe criar o ambiente de ressentimento para com os que lutam e se esforçam. Não a deixe criar o ambiente de piedade para com os indolentes e com os fracos que se subjulgam por dogmas. Não a deixe criar seus dogmas e fazer de sua criação uma nova lei natural!

O mundo da ignorância é como um lugar onde uma nuvem negra paira sobre as mentes da humanidade. Ninguém sabe o valor de suas virtudes, ninguém pode senti-las. Porque isto mostraria também o desvalor da ignorância, colocaria a nu aqueles que se beneficiam como usurpadores da liberdade humana em seu sentido mais íntimo.

Neste mundo, então, o valor é reorganizado. Se não pode ser sentido, é preciso que possa ser visto. Mas a visão é muito enganosa. Podemos ver o que você tem, mas de que vale, se não sentirmos o que você realmente é? Podemos ver apenas o que aparece. Mundo de aparências.

Onde está o valor da competência, do mérito, da força conquistadora e resistente, da virtude, quando o conservadorismo da ordem estabelecida do mundo da ignorância é detentor de todas as chaves? Retorna o primeiro parágrafo...