quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Como me vejo
domingo, 21 de março de 2010
O vazio do fim
Agora estou me sentindo terrivelmente deprimido por isto. É como se houvesse um vazio agora. Por que as relações humanas são tão efêmeras?
No que os humanos se diferem dos animais se suas relações são tão frágeis e confusas, com laços que apenas de maneira ilusória conseguem ser mais profundas que estes? Construímos vínculos para colorir o impassivel enredo de relações que são apenas fruto das momentâneas necessidades e mutáveis interesses humanos.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Sonho fantástico
terça-feira, 29 de setembro de 2009
O Reino sem risadas
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Travessia serena pelas sombras
Não há nada para se fazer nesta travessia senão observar, olhar ao redor com a dolorosa consciência de que a vida é finita e deve ser intensa. Não quero que ela se finde, não durante a longa travessia por este vale tão pesaroso, mas não há qualquer escolha, é como quando você é um garoto em um carro durante uma viagem chuvosa, no banco traseiro. As gotas atravessam o vidro, todas elas acabam por se dissipar durante a travessia, mas nunca se sabe em qual parte delas. Somos apenas gotas que no início nos sentimentos protegidos em uma nuvem ou junto de outras gotas e nos percebemos sozinhos, atraídos por uma trama desencadeada sem escolhas pela força da gravidade.
Nesta caminhada o desânimo se pega pelo ar de maneira quase inevitável. Os revézes se amontoam e falam alto, ganham a magnitude e a imponência de grandes construções inquebráveis que possuem a desolação como estilo padrão.
- Por que a travessia não termina?
- Não pergunte, apenas curta cada pequeno detalhe cada grão que espezinha como agulha ao som inseparável da rádio novela mais longa da história, transmitida em ritmo cadenciado porém infalivelmente contínuo em loop dando voltas e voltas sem pressa, doentío, imparável e perturbador de tal modo que quando dormir seus sonhos serão a continuação dela e quando acordar, perceberá que o pesadelo permanece. Não há para onde ir, apenas espere, apenas aprenda a curtir tudo isso.
...E segue a travessia pelas sombras. Mas não se preocupe tanto, eu sou tua companhia e sempre serei enquanto existires.
terça-feira, 21 de julho de 2009
O brilho
O brilho se foi. Terá mesmo existido algum brilho ou ele existia apenas nos olhos e na mente daqueles que enxergavam em uma situação tão momentânea e comum na história humana algo extraordinário?
Neste caso, embora a guerra tenha sido dura, seus desdobramentos já estavam traçados? Os previsíveis resultados de um confronto onde eles pularam entusiasticamente nas mãos de seus algozes com os quais apenas puderam desfrutar de pequenos e valiosos momentos de bonança.
Acontece que mesmo a queda é uma situação conjuntural tal como as nuvens que se movem, montando e desmanchando até mesmo os climas mais profundos. Se os desdobramentos estavam traçados, os próximos também estarão e se havia algum brilho ou não, dirão as nuvens ao cair deste tenebroso dia quando se descortinarem para o espetáculo perene das estrelas.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Um deserto de imaginação
O que estou fazendo? Nada do que disse me é novidade. Onde quero chegar? Este é o ponto: se soubéssemos não daríamos tantas voltar em torno das mesmas crises e das mesmas questões. É a sina de ser humano e sujeito à instabilidade mesmo no âmago do racionalismo. Estou somente triste. Não se pode evitar e nem se deve: a tristeza aos níveis mais subterâneos apenas faz a alegria cíclica parecer existir nos níveis mais elevados.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Olhos de TV
Não se sabe exatamente em qual parte do globo, um apartamento confortável. Era domingo à noite. Um rapaz de uns 19 anos chamado Yuri, talvez um pouco mais, assistia um filme. Nos sofás e poltronas da sala, seus pais e irmãos. Uma cena normal, familiar. Chegando mais perto, porém, enxergam-se lágrimas nos olhos do garoto e uma expressão contida de desespero, agonia, confusão. Rapidamente ele olha para os lados. Todos estão vendo o filme, tranquilos e felizes, mas ele não consegue tocá-los. É como se não estivessem na mesma dimensão.
Sua mãe oferece pipocas com manteiga. Ele prova. É como se estivesse comendo ar. A pipoca não tem gosto. É como se não estivesse comendo nada. O refrigerante que a acompanha, é como se evaporasse da boca. "O que está acontecendo?", pensava ele. Retira de seu bolso um drops de cereja e, felizmente, tinha gosto de drops de cereja! Enquanto chupa a bala, prossegue olhando para a tela. Aos poucos, é como se tudo ao seu redor estivesse se desfazendo. Você já teve esta sensação? É como olhar um ponto luminoso fixo, que era a TV, enquanto tudo ao redor se desfaz no ponto cego da vista. Ele, no entanto, preferiu não tirar o olho da tela. Temia o que seus olhos poderiam mostrar.
Parte I - Assustadora vida feliz
Na tela da TV, passava um filme indicado para toda família, um enlatado, um "blockbuster" como dizem. O protagonista era jovem e elegante. No decorrer do filme, ele enfrenta desafios como em praticamente todos os filmes deste estilo e tão previsivel quanto isso: ele os vence. Neste meio tempo, encontra uma jovem e se interessa por ela. Na metade final do filme, há uma grande perda - alguém morre ou ele precisa renunciar a algo e em contrapartida, ganha o amor da jovem e tudo acaba bem, como sempre. Ou melhor, quase tudo. Bem perto do fim, vemos o protagonista fazer algo que não parecia previsto no script. Vamos olhar um pouco mais de perto.
O protagonista não parece tão feliz. Ele tem uma expressão de impotência e reaje aos outros com espanto, parece os evitar e não consegue. É como se estivesse sendo empurrado pelo desenrolar do enredo. Encontra-se com a jovem, que o beija e não deixa qualquer impressão em sua boca. Ele sequer reaje. Após isso, tira de sua boca um drops e olha para adiante de tudo, como se pudesse assistir sua família parada e sentada em sofás e poltronas. Ironicamente, eles não podem ver que nosso protagonista os está vendo. A tela preta e as letras de crédito tomam conta da televisão.
Parte II - Criatividade árida
O jovem protagonista, Yuri, vê tudo escurecer e um novo cenário surge. Agora, ele é um adolescente chamado Andy em meio aos amigos com espírito aventureiro, que estão planejando passar as férias numa casa de praia. Momentos depois, já estão lá. Um deles , apelidado de Mike era particularmente irritante e fazia o comentário mais impertinente possível a todo instante, seja sendo vulgar com as garotas da "turma", seja exalando uma forçosa prepotência travestida em uma simpatia chauvinista. Yuri, à respeito deste sujeito, pensava: "eu ficaria feliz se este cara simplesmente sumisse".
Instantes depois, Mike é encontrado morto, misteriosamente assassinado. Uma das garotas reaje feito uma histérica gritando de maneira desesperada, enquanto nosso protagonista apenas olha espantado a realização de seu desejo, imaginando se havia relação entre seu desejo e a morte. Olha com expressão de misericórdia para a garota histérica, mas nota que ela é bastante superficial, apenas está gritando frases como "não pode ser!" "como isso foi acontecer?". Apenas está fazendo escandalo, mas é como um escândalo niilista de quem apenas não quer passar a impressão de ser insensível. Nota então que todos da turma parecem representar papéis superficiais e percebe que logo em breve, a histérica morreria, depois um por um dos demais, exceto uma das garotas que parecia dar mole para ele. A história se repetiria, afinal! Não importa qual o pano de fundo, qual o gênero se é que se pode diferenciar estes filmes em gêneros, alguns aspectos básicos iriam sempre se repetir e faria tudo previsível, tudo vazio.
Aqueas pessoas, entendeu ele, aquelas a sua volta chorando a morte do amigo, não podiam deixar de ser superficiais porque estavam marcadas para morrer. Olhou para fora da tela e viu expressões faciais de satisfação, de expectadores que esperavam por estas cenas e resolveu que aquele dia não poderia ter final feliz. Talvez só assim, conseguiria sair de sua sina repetitiva, de seu circulo vicioso alimentado pela satisfação de espectadores cujo espírito repetitivo era alimentado por filmes que, em seu âmago, eram todos iguais.
Durante toda a trama, procurou o assassino e queria ser morto por ele. Quando o encontrou, provocou até levar um tiro e caiu, perdendo a consciência aos poucos e se sentindo satisfeito, feliz por se livrar de seu circulo vicioso.
Parte III - Marcado para viver
Era um quarto confortável e bonito. A visão voltava aos poucos, assim como os outros sentidos. Procurava lembrar como veio parar ali e então percebeu: seu plano falhou. Milagrosamente sobreviveu. O tiro pegou de raspão. Uma das garotas da turma dizia a um dos caras que o protagonista retomou a consciência e havia jurado vingança. "O que? Minha atitude foi englobada no script? Não pode ser!" Resolveu então deixar tudo rolar, até o final feliz. Não havia mais nada a fazer, a não ser aturar a felicidade programada.
Assim foi em sucessivos filmes. Alguns eram comédias românticas ou apenas de idiotices, outros eram pseudo-dramas, outros eram suspenses e todos eram iguais. Ele sobrevivera a todos, encontrava uma namorada em quase todos e enfrentava desafios guiados sempre por um pano de fundo maniqueísta. Por mais que tentasse ser mal, era sempre bom e do bem.
Em um destes filmes, estava em uma lanchonete. Olhou ao redor e percebeu que estava com mais quatro "amigos" que combinavam de ir ao boliche. Tanto na lanchonete como no boliche, percebbeu cada vez mais como as frases de efeito retirada de músicas de sucesso ou com mensagens politicamente corretas, as poses, em especial poses repetitivas para tirar foto, com sinal de "V", de positivo, os sorrisos sempre iguais eram extremamente irritantes. Após tudo isto, Yuri, nosso protagonista foi para "sua casa" e após algumas cenas, se viu no sofá assistindo a um filme com "sua família" e pensou: "um filme dentro de um filme destes deve ser realmente uma bosta". Já perto do final do filme, um final feliz, um beijo entre os dois protagonistas seguido de uma fala da 'mocinha': "que delícia!" e então o mocinho tira algo da boca e mostra dizendo: "gostou do meu sabor cereja?"...
Yuri sentiu um dejavú. Foi como se levasse um choque que o acordasse de um transe percebendo que ele era aquele protagonista e que seu ato espontâneo de tirar a bala da boca no primeiro filme não fora espontâneo, estava programado no roteiro. Percebeu que suas ações estavam condicionadas. Não poderia viver livre, mas também não poderia morrer como o protagonista. Estava marcado para viver.
Sabendo que não podia mais fazer nada, mas que não aguentava mais ficar ali e assistir aquele dejavú, levantou e caminhou para fora da sala. "Sua família" não esboçou reação, exceto por sua mãe que, em um tom carinhoso disfarçando uma atitude policialesca disse: "onde vai, querido?". Ele a fitou por alguns instantes e seguiu o diálogo:
- "eu apenas vou dar uma volta..."
Ela respondeu com um sorriso. - "dar uma volta onde? Não quer a nossa companhia?"
- "Sim, eu quero. É que eu já assisti a este filme"
- "Não. Este é inédito, este é o '3', você deve ter assistido aos dois primeiros, vai perder o final?"
- "faz alguma diferença?" - e pensou consigo mesmo, "eu assisti por dentro, no fundo, não importa" e saiu.
Na rua, já bem tarde, foi até uma loja de conveniência. Lá, estava bebendo umas cervejas sozinho. De repente o local foi atacado por bandidos armados que renderam todos. Yuri resolveu reagir, afinal, o mocinho não morre mesmo e ele queria beber tranquilo. "Você é insano?" disse o bandido."Vamos, atire. Eu vou chamar a polícia se vocês não sairem". E ante o olhar assustado dos bandidos foi até o telefone, quando pegou o aparelho, tomou um tiro no braço e virou rapidamente para os assaltantes com um olhar de confiança. Em seguida, tomou três tiros que pegaram regiões de sua barriga e perto de seu peito. Os bandidos se assustaram e fugiram levando qualquer coisa pelo caminho. Ao cair em seus últimos suspiros, nosso protagonista percebeu uma televisão ligada e via os instantes finais do filme. A 'mocinha' chorava a morte do 'mocinho' dizendo "por que você tinha que ir? Não podia apenas ficar em casa?". Neste mesmo instante, a mãe, em casa, desligava a televisão ao final do filme e disse aos outros: "Pena que oYuri saiu, perdeu um grande filme, grande final. Talvez ele não soubesse e por isso mesmo saiu, mas os protagonistas às vezes morrem no fim".
terça-feira, 14 de outubro de 2008
A Escola da Morte
Prólogo
Um dia eu e meu filho chegamos na cidade. Procurei uma escola para matricula-lo e encontrei o Colégio Netuno localizado na casa número 8 de uma linda praça redonda com um grande relógio de sol no centro. Era uma escola bastante tradicional, daquelas cheias de regras rígidas, onde o horário de estudo pegava o turno da manhã e por três dias na semana, o da tarde. Não havia cantina, apenas uma merenda igual para todos, composta por um sanduiche e um suco, com gastos embutidos na mensalidade.
1º Dia
Meu filho arrumou seu material, uniforme, tomou café da manhã e foi pra escola. Quando voltou, me disse que conheceu quatro garotos, que eram legais e que qualquer dia traria eles em casa para que me conhecessem. Fiquei feliz em ver que tinha se adaptado. Não estava mais triste, com saudades da mãe, estava conhecendo pessoas novas e eu ficava contente em ver o sorriso em seu rosto.
5º, 6º e 7º Dias
Sexta-feira, meu filho voltou da escola, pediu para sair com aqueles amigos de quem me falou a semana toda. Permiti. Iriam dormir na casa de um deles.
Quando voltou, me contou que foram ao cinema, depois foram em uma festa com outros alunos da escola, que conheceram garotas e que depois da festa, passaram a madrugada conversando e jogando cartas. Me falou sobre seus amigos. Rodrigo era o líder da turma, extrovertido, inconsequente, seus excessos eram equilibrados pelo sensato e inteligente Fernando. Carlos era o mais rico e foi na casa dele que dormiram, enquanto que Pedro era tímido, meio depressivo e sempre era animado pelos demais, principalmente por Rodrigo.
Uns seis meses se passaram e a amizade aumentava.
194º Dia
A diretora chamou Rodrigo em sua sala, bravíssima. Quando voltou, meu filho e os outros ficaram sabendo que ele havia colocado uma câmera no banheiro das meninas e planejava ver com seus amigos depois, o filme. Não contou nada porque achava que eles teriam medo. Pelo arquivo da câmera, de fotos pessoais do Rodrigo, a diretora deduziu o dono da câmera e ele confessou. Os quatro ficaram furiosos com Rodrigo, brigaram, não queriam mais falar com ele, de raiva de sua atitude tão impensada. Ao menos tivesse apagado o arquivo da câmera! Que tolice!
197º Dia
Algumas alunas e suas famílias pressionaram e Rodrigo acabou sendo expulso do Colégio Netuno. A escola era tradicional demais para isso. Apenas os quatro amigos resolveram romper o gelo e defenderam Rodrigo, mas não teve jeito.
202º Dia
Nos dias anteriores, os pais de Rodrigo resolveram matricula-lo num colégio interno, com uma disciplina quase militar. Rodrigo sentiu-se tão mal de perder sua liberdade que, quando seus pais saíram de casa, pegou o revolver de seu pai e se matou.
203º ao 208º Dia
Meu filho e seus três amigos ficaram chocados e passaram a rpotestar na escola o tempo todo. Acusavam a diretora de assassina, responsabilizavam-na pelo que aconteceu. Mesmo o mais comedido, Pedro, ameaçou-a de morte. Gritaram tanto na escola que atraíram a inimizade de alguns colegas e professores. Estavam impossíveis. Era setembro e quando eu ia até a escola, sentia que a diretora torcia para aquele ano maldito acabar logo.
209º Dia
Meu filho chegou em casa muito assustado, chorava. Contou que logo após o intervalo, Fernando teve uma crise nervosa e caiu morto. Fiquei espantado ao ouvir aquilo. Imaginava a cena. Nem o conheci, mas ouvia falar muito bem daquele garoto, um estudante exemplar. A escola ficou de luto.
211º Dia
Mais uma morte. Igual à primeira, desta vez era o saudável Carlos, que praticava esportes, que ninguém esperava que fosse ter uma vida tão curta. Suspeitas de conspiração. Parecia que o grupo de meu filho estava causando tanto tumulto que alguém estava de alguma forma matando-os. Será que sua merenda estava envenenada? Foram enviadas amostras para que fossem investigadas. Mas eu devia pensar em algo logo ou meu filho morreria. Restavam apenas ele e Pedro, que estavam visivelmente apavorados, andavam juntos com muito medo.
213º Dia
Pedro não comeu a merenda, apenas bebeu o suco, mas mesmo assim, teve convulsões e morreu ali mesmo, no pátio. Meu filho não chorava mais, não falava mais. Sentia uma tristeza profunda.
214º Dia
Passei o dia procurando uma escola nova para matricular meu filho. Não podia mante-lo nesse ambiente. Acertei com uma escola onde iria começar a estudar na semana seguinte. Meu filho concordou, disse que iria a escola no dia seguinte para se despedir de todos.
215º Dia
Meu filho me ligou, disse que eu devia encontra-lo na rua de trás do colégio que estava mal e não conseguiria voltar pra casa. Me desesperei, não queria acreditar no pior. Quando cheguei lá encontrei-o sentado na cançada encostado em um muro. Fui correndo até ele. Estava vivo ao menos. Chamei-o, não respondeu, balancei seu corpo e então percebi que soltava uma baba. Meu filho estava morto! Maldição! Resolvi ir até a escola reclamar, vi a diretora sendo presa. A merenda deles estava mesmo envenenada! Fiquei indignado, pensava em matar aquela mulher, mas não tive tempo, ela entrou no camburão. Foi encontrado um pote de veneno em sua mesa. Que burrice vulgar, como se expôs dessa forma, aquela serial killer!
216º Dia
Resolvi abrir a mochila de meu filhoe arrumar seus pertences. Encontrei um bilhete, um muito sinistro. Tinha a assinatura dos quatro garotos, excetuando Rodrigo. A letra de Fernando escrevia que deviam passar o produto em seus lanches e comer sem vacilar. Que ele seria o primeiro. E que ao último, meu filho, caberia a tarefa mais difícil., além de assistir a morte de cada um, calado, ele teria que colocar o pote na mesa da diretora, que se ele falhasse, tudo teria sido em vão.
Logo abaixo, um lema escrito com quatro canetas de cores diferentes e letras diferentes, mas que ainda assim era legível, dizia: Um por todos, todos por um. E abaixo, a letra inconfundível, era de meu filho, dizia: Deus nos compreenderá. Voltaremos a nos encontrar, nós cinco.
A diretora então, era inocente. Pegou trinta anos de cadeia. Tomei uma decisão, guardei a folha e nunca, nunca, revelei a ninguém. Na vingança fria e macabra, descobri em meu filho um humano de virtude e em seus amigos, lealdade e coragem que eu nunca teria, não me vendo no direito e tornar estas cinco mortes em vão.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Máquina do Tempo
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Ruslan - parte II
Na manhã seguinte, Anne voltava para a cidade. Queria saber o que aconteceu, afinal.
Descobriu que infelizmente estava certa. Casas destruídas, corpos de cadáveres espalhados pelo chão. Desolação total. A igreja da vila, uma construção mais resistente, em estilo gótico primitivo estava de pé, mas seus vitrais estavam quebrados e sua porta de entrada tinha tombado. Ouviu algum barulho vindo lá de dentro e resolveu entrar, já que pensava que ninguém tinha sobrevivido na cidade.
Alguém poderia ter tido a mesma idéia que ela e se ausentado durante a noite, afinal. Ou poderiam ser as tropas inimgas. Deveria entrar com todo cuidado, então. Ao entrar, viu Marc e Viga ao centro da igreja, conversando. Sentiu uma ponta de felicidade em encontrar os dois juntos e vivos. Foi até eles.
Viga:
- Anne. Então você está viva. Que bom vê-la, conseguimos escapar porque fomos avisados do que estava pra acontecer, mas não tivemos permissão de avisar ninguém! Como sobreviveu?
Marc:
- Por onde esteve, cara Anne!
Uma voz soturna e agoniosa cortou o diálogo:
- Meu sobrinho! Está morto! Meu sobrinho! Berg!
Os três olharam a figura idosa, de olhos grandes e vivos, o tio de Berg.
Marc:
- Eu lamento. É muito triste a tragédia que aconteceu graças a essa guerra infeliz!
Tio:
- Ele não morreu pelo incendio e nem pelas armas dos soldados. O corpo de meu sobinho estava todo destroçado como se alguém tivesse arrancado partes de seu corpo que tem marcas de algo como... dentes!
Silencio total. Entreolharam-se com faces de perplexidade.
Viga:
- Espere. Como você sobreviveu?
Novo silencio...
sábado, 12 de janeiro de 2008
Projeto Forseti
http://projetoforseti.blogspot.com
Trata-se de uma história meio fantástica que eu estou criando, dividida em capítulos. Cada post é um capítulo e então, a periodicidade deverá ser semanal, mas flexivel. Quem lê este meu blog, não precisa se preocupar, não pretendo desativar este.