terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Ruslan - parte II

Continuação da história iniciada neste post.

Na manhã seguinte, Anne voltava para a cidade. Queria saber o que aconteceu, afinal.

Descobriu que infelizmente estava certa. Casas destruídas, corpos de cadáveres espalhados pelo chão. Desolação total. A igreja da vila, uma construção mais resistente, em estilo gótico primitivo estava de pé, mas seus vitrais estavam quebrados e sua porta de entrada tinha tombado. Ouviu algum barulho vindo lá de dentro e resolveu entrar, já que pensava que ninguém tinha sobrevivido na cidade.

Alguém poderia ter tido a mesma idéia que ela e se ausentado durante a noite, afinal. Ou poderiam ser as tropas inimgas. Deveria entrar com todo cuidado, então. Ao entrar, viu Marc e Viga ao centro da igreja, conversando. Sentiu uma ponta de felicidade em encontrar os dois juntos e vivos. Foi até eles.

Viga:
- Anne. Então você está viva. Que bom vê-la, conseguimos escapar porque fomos avisados do que estava pra acontecer, mas não tivemos permissão de avisar ninguém! Como sobreviveu?

Marc:
- Por onde esteve, cara Anne!

Uma voz soturna e agoniosa cortou o diálogo:
- Meu sobrinho! Está morto! Meu sobrinho! Berg!

Os três olharam a figura idosa, de olhos grandes e vivos, o tio de Berg.

Marc:
- Eu lamento. É muito triste a tragédia que aconteceu graças a essa guerra infeliz!

Tio:
- Ele não morreu pelo incendio e nem pelas armas dos soldados. O corpo de meu sobinho estava todo destroçado como se alguém tivesse arrancado partes de seu corpo que tem marcas de algo como... dentes!

Silencio total. Entreolharam-se com faces de perplexidade.

Viga:
- Espere. Como você sobreviveu?

Novo silencio...

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