domingo, 21 de março de 2010

O vazio do fim

Hoje pode representar o fim de um ciclo de dois anos, dois meses e onze dias. É sempre chato pensar que as coisas podem terminar um dia. Quando peguei meus gatos sabia, por exemplo, que eles morreriam algum dia - que espero estar longe. No entanto, mesmo sabendo o quão ruim isso seria, quis tê-los. Quando comecei a namorar, sabia que aqueles bons momentos de paixão e intimidade poderiam se converter em ressentimento e sentimentos de culpa ao final. Não sei se estou sendo muito frio, eu apenas acho que não daria mais para continuar. Claro que eu gosto dela e queria que ela estivesse feliz, mas vejo a relação se arrastando como se fosse um dever: almoçar juntos é como um rito e não um prazer espontâneo assim como qualquer outra coisa. Não quero uma pessoa que esteja comigo apenas por mera acomodação.

Agora estou me sentindo terrivelmente deprimido por isto. É como se houvesse um vazio agora. Por que as relações humanas são tão efêmeras?

No que os humanos se diferem dos animais se suas relações são tão frágeis e confusas, com laços que apenas de maneira ilusória conseguem ser mais profundas que estes? Construímos vínculos para colorir o impassivel enredo de relações que são apenas fruto das momentâneas necessidades e mutáveis interesses humanos.

Um comentário:

.aicirtap disse...

...ecov oma eu