domingo, 9 de dezembro de 2007

Nichts Bewegt Sich

Nada se move.

Era uma noite. Céu aberto, mas luzes ofuscavam as estrelas. Mal se viam elas e para completar, era uma noite sem lua, faltou o seu brilho, tornando aquela uma noite de sensações incompletas.

Foi então que a festa acabou, guardem as máscaras, desfaçam a maquiagem, deixem o que resta para os sonhos, fechem as portas.

Chega o momento de uma longa travessia. Ruas desertas. Era o unico espectador do palco de cada esquina que guardava uma lembrança, de sonhos despedaçados, de aventuras errantes, de amores impossíveis, de amigos que passaram por cada época, fragmentos de uma saga sem fim. - "a minha saga" - pensava então enquanto procurava pela esquina que lhe traria o futuro, o caminho, o tesouro esquecido.

No fundo, pensa, nada se move. Continua andando em circulos. Perdido, anda porque procura pelo poder que estava em si. Cheio de esperança, olha para dentro de si, mas não vê nada, não encontra as respostas. Por isso segue, mas a travessia é impiedosamente solitária, aonde irá levar?

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